Definição
De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.
É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos. Atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
A Obesidade é uma condição complexa de dimensões sociais, biológicas e psicossociais consideráveis, podendo eventualmente afectar qualquer pessoa de qualquer idade ou grupo socioeconómico, em qualquer parte do mundo .
Nesta realidade, a Obesidade é, hoje, considerada uma epidemia. A epidemia do séc. XXI. Os números não deixam espaço para grandes dúvidas. Em 2005, as estimativas mundiais, da OMS, indicavam que cerca de 150 milhões de adultos europeus sejam obesos em 2010.
A Obesidade é já encarada como a maior desordem nutricional nos países ocidentais, a OMS declarou-a como o maior problema não reconhecido de saúde pública que a sociedade, dos nossos dias, enfrenta. Mas esta epidemia não afecta apenas os países desenvolvidos; nos países em vias de desenvolvimento tem-se registado um crescimento significativo de pessoas com excesso de peso e obesas.
A obesidade é também a principal causa de morte evitável em todo o mundo; com o aumento da prevalência em adultos e crianças, as autoridades vêem-na como um dos mais graves problemas de saúde pública.
A doença é estigmatizada em grande parte do mundo moderno (particularmente no mundo ocidental), porém, foi amplamente classificada como um símbolo de riqueza e fertilidade em outros momentos da história, e ainda o é em algumas partes do mundo.
No decorrer da história, a obesidade foi vista de diferentes formas. Em algumas civilizações na Antiguidade, ser gordo era considerado sinal de sucesso. Em outras, como no Japão medieval, era considerado um deslize moral cometido pelo indivíduo. Na Europa, o estigma da obesidade era fundamentado pela Igreja Católica no pecado capital da gula.
Assim, de diferentes formas, a obesidade foi estigmatizada pela sociedade, sendo que, na actualidade, existe uma tendência maior ao preconceito, excepto em algumas regiões, como em África, em que a obesidade nos homens é sinal de domínio e poder e nas mulheres é sinal de maior fertilidade. Todavia, com os avanços nas pesquisas ocorridos nas últimas décadas, descobriu-se que a obesidade é uma doença multifactorial, não estando vinculada, portanto, a um único aspecto individual.
Tipos de Obesidade
A Obesidade andróide, abdominal ou visceral ocorre quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen. É típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndroma do ovário poliquístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo. Os homens com este tipo de obesidade têm problemas cardiovasculares, tendência para diabetes, hipertensão, arteriosclerose, níveis elevados de colesterol e também de triglicerídeos.
A Obesidade do tipo ginóide ocorre quando a gordura se distribui principalmente na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa. Acarreta problemas mecânicos e psicológicos.
A Obesidade por interrupção de exercícios é comum em desportistas que ingerem grandes quantidades de calorias e param de fazer exercícios, ou seja, deixam de gastá-las.